Dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e fisioterapeuta alerta sobre intervenção precoce
A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma alteração genética no cromossomo 21, que tem como características rosto arredondando, os olhos puxados e comprometimento intelectual. Contudo, com terapias, a criança tem um desenvolvimento melhor e futuramente, uma qualidade de vida maior dos que as outras com a mesma condição genética, mas que não passaram por uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo.
“A terapia ajuda a criança aprender de forma mais rápida. A abordagem olha a criança como um todo, e se tratada desde cedo, a fala é desenvolvida mais célere, a relação com o outro, proporcionando mais qualidade de vida e aprendizado”, explicou a diretora técnica da Clínica Vital Kids, em Cuiabá, Camila Albues, fisioterapeuta especialista em Neurologia Infantil.
No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e Camila Albues, que também é Doutora em Distúrbio do Desenvolvimento pela Universidade Mackenzie (SP), diz que a intervenção precoce é fundamental.
A Síndrome de Down pode ser detectada ainda no pré-natal. Após o nascimento, quando mais cedo os pais começarem com as terapias, mais independência na vida adulta e um melhor desempenho cognitivo.
Mãe da pequena Maria Antonia, de 3 anos, a farmacêutica Cris Grayce Saibert Boscarato percebe quanto a filha já desenvolveu fazendo terapias na Clínica Vital Kids.
“As terapias fazem toda diferença para o desenvolvimento. Ela fez fisioterapia e teve alta com 2 anos e 8 meses. Hoje ela faz fono e terapia ocupacional, mas o que a gente está insistindo mais é a questão da fala, com mais sessões. A terapia é o grande diferencial no desenvolvimento deles”.
Inclusão é o principal desafio
Para Cris Grayce o principal desafio de ter uma criança com Síndrome de Down é a inclusão e viver bem com os coleguinhas, com a família, crescer e se desenvolver.
“Para que ela tenha uma qualidade de vida e tenha uma vida mais normal possível para nós e para a Maria. Elas (as crianças com Síndrome de Down) são muito alegres e muito inteligentes”.
Doutora Camila Albues destaca também sobre a importância da inclusão social das crianças com Síndrome de Down.
“Elas precisam desse sentimento de pertencimento na escola, na família. Como elas têm características específicas, às vezes podem se sentirem excluídas na sala de aula, no parquinho, na relação com as outras crianças, por isso, a inclusão é um dos maiores desafios”.